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quinta-feira, 9 de junho de 2011

Dia de Portugal

O Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas, celebrado a 10 de Junho, é o dia em que se assinala a morte de Luís Vaz de Camões em 1580, e também um feriado nacional de Portugal.
Durante o regime ditatorial do Estado Novo de 1933 até à Revolução dos Cravos de 25 de Abril de 1974, era celebrado como o Dia da Raça: a raça portuguesa ou os portugueses.
Na sequência dos trabalhos legislativos após a Proclamação da República Portuguesa de 5 de Outubro de 1910, foi publicado um decreto em 12 de Outubro estipulando os feriados nacionais. Alguns feriados foram eliminados, particularmente os religiosos, de modo a diminuir a influência da igreja católica[1] e laicizar a sociedade.
Neste decreto ficaram consignados os feriados de 1 de Janeiro, Dia da Fraternidade Universal; 31 de Janeiro, que evocava a revolução falhada do Porto, e portanto foi consagrado aos mártires da República; 5 de Outubro, Dia dos heróis da República; 1 de Dezembro, o Dia da Autonomia (Restauração da Independência) e o Dia da Bandeira; e 25 de Dezembro, que passou a ser considerado o Dia da Família, tentando também laicizar a festa religiosa do Natal.[1]
O decreto de 12 de Junho dava ainda a possibilidade de os municípios e concelhos escolherem um dia do ano que representasse as suas festas tradicionais e municipais. Lisboa escolheu para feriado municipal o 10 de Junho, em honra de Camões, uma vez que a data é apontada como sendo a da morte do poeta que escreveu Os Lusíadas.[1]

quinta-feira, 2 de junho de 2011

Dia mundial da Criança

Ontem celebrou sse o dia mundial da criaça

1- Todas as crianças são iguais e têm os mesmo direitos, não importa sua cor, raça, sexo, religião, origem social ou nacionalidade.
2- Todas as crianças devem ser protegidas pela família, pela sociedade e pelo Estado, para que possam se desenvolver físicamente e intelectualmente.
3- Todas as crianças têm direito a um nome e a uma nacionalidade.
4- Todas as crianças têm direito a alimentação e ao atendimento médico, antes e depois do seu nascimento. Esse direito também se aplica à sua mãe
5- As crianças portadoras de dificuldades especiais, físicas ou mentais, têm o direito a educação e cuidados especiais.
6- Todas as crianças têm direito ao amor e à compreensão dos pais e da sociedade.
7- Todas as crianças têm direito à educação gratuita e ao lazer
8- Todas as crianças têm direito de ser socorridas em primeiro lugar em caso de acidentes ou catástrofes.
9- Todas as crianças devem ser protegidas contra o abandono e a exploração no trabalho.
10- Todas as crianças têm o direito de crescer em ambiente de solidariedade, compreensão, amizade e justiça entre os povos

quinta-feira, 28 de abril de 2011

25 de abril

  • Naturalmente que já ouviste falar no 25 de Abril de 1974, mas provavelmente não conheces as coisas como os teus pais ou os teus avós que viveram nesta época.
    Sabias que o golpe de estado do 25 de Abril de 1974 ficou conhecido para sempre como a "Revolução dos Cravos"?

  • Diz-se que foi uma revolução porque a política do nosso País se alterou completamente.

    Mas como não houve a violência habitual das revoluções (manchada de sangue inocente), o povo ofereceu flores (cravos) aos militares que os puseram nos canos das armas.

  • Em vez de balas, que matam, havia flores por todo o lado, significando o renascer da vida e a mudança!

  • O povo português fez este golpe de estado porque não estava contente com o governo de Marcelo Caetano, que seguiu a política de Salazar (o Estado Novo), que era uma ditadura. Esta forma de governo sem liberdade durou cerca de 48 anos!

  • Enquanto os outros países da Europa avançavam e progrediam em democracia, o regime português mantinha o nosso país atrasado e fechado a novas ideias.
    António de Oliveira Salazar

  • Sabias que em Portugal a escola só era obrigatória até à 4ª classe? Era complicado continuar a estudar depois disso. E sabias que os professores podiam dar castigos mais severos aos seus alunos?

    Todos os homens eram obrigados a ir à tropa (na altura estava a acontecer a Guerra Colonial) e a censura, conhecida como "lápis azul", é que escolhia o que as pessoas liam, viam e ouviam nos jornais, na rádio e na televisão.


  • Antes do 25 de Abril, todos se mostravam descontentes, mas não podiam dizê-lo abertamente e as manifestações dos estudantes deram muitas preocupações ao governo.

  • Os estudantes queriam que todos pudessem aceder igualmente ao ensino, liberdade de expressão e o fim da Guerra Colonial, que consideravam inútil.
  • Almeida Garret

    Escritor e Dramaturgo romântico, foi o proponente da edificação do Teatro Nacional de D. Maria II e da criação do Conservatório.
    Nasceu no Porto, em 4 de Fevereiro de 1799;
    morreu em Lisboa em 9 de Dezembro de 1854.

    Filho segundo do selador-mor da Alfândega do Porto, acompanhou a família quando esta se refugiou nos Açores, onde tinha propriedades, fugindo da segunda invasão francesa, realizada pelo exército comandado pelo marechal Soult que entrando em Portugal por Chaves se dirigiu para o Porto, ocupando-o.
    Passou a adolescência na ilha Terceira, tendo sido destinado à vida eclesiástica, devendo entrar na Ordem de Cristo, por intercedência do tio paterno, Frei Alexandre da Sagarada Família, bispo de Malaca e depois de Angra.
    Em 1816, tendo regressado a Portugal, inscreveu-se na Universidade, na Faculdade de Leis, sendo aí que entrou em contacto com os ideais liberais. Em Coimbra, organiza uma loja maçónica, que será frequentada por alunos da Universidade como  Manuel Passos. Em 1818, começa a usar o apelido Almeida Garrett, assim como toda a sua família.
    Participa entusiasticamente na revolução de 1820, de que parece ter tido conhecimento atempado, como parece provar a poesia As férias, escrita em 1819. Enquanto dirigente estudantil e orador defende o vintismo com ardor escrevendo um Hino Patriótico recitado no Teatro de São João. Em 1821, funda a Sociedade dos Jardineiros, e volta aos Açores numa viagem de possível motivação maçónica. De regresso ao Continente, estabelece-se em Lisboa, onde continua a publicar escritos patrióticos. Concluindo a Licenciatura em Novembro deste ano.
    Em Coimbra publica o poema libertino O Retrato de Vénus, que lhe vale ser acusado de materialista e ateu, assim como de «abuso da liberdade de imprensa», de que será absolvido em 1822. Torna-se secretário particular de Silva Carvalho, secretário de estado dos Negócios do Reino, ingressando em Agosto na respectiva secretaria, com o lugar de chefe de repartição da instrução pública. No fim do ano, em 11 de Novembro, casa com Luísa Midosi.
    A Vilafrancada, o golpe militar de D. Miguel que, em 1823, acaba com a primeira experiência liberal em Portugal, leva-o para o exílio. Estabelece-se em Março de 1824 no Havre, cidade portuária francesa na foz do Sena, mas em Dezembro está desempregado, o que o leva a ir viver para Paris. Não lhe sendo permitido o regresso a Portugal, volta ao seu antigo emprego no Havre. Em 1826 está de volta a Paris, para ir trabalhar na livraria Aillaud. A mulher regressa a Portugal.
    É amnistiado após a morte de D. João VI, regressando com os últimos emigrados, após a outorga da Carta Constitucional, reocupando em Agosto o seu lugar na Secretaria de Estado. Em Outubro começa a editar «O Português, diário político, literário e comercial», sendo preso em finais do ano seguinte. Libertado, volta ao exílio em Junho de 1828, devido ao restabelecimento do regime absoluto por D. Miguel. De 1828 a Dezembro de 1831 vive em Inglaterra, indo depois para França, onde se integra num batalhão de caçadores, e mais tarde, em 1832, para os Açores integrado na expedição comandada por D. Pedro IV. Nos Açores transfere-se para o corpo académico, sendo mais tarde chamado, por Mouzinho da Silveira, para a Secretaria de Estado do Reino.
    Participa na expedição liberal que desembarca no Mindelo e ocupa o Porto em Julho de 1832. No Porto, é reintegrado como oficial na secretaria de estado do Reino, acumulando com o trabalho na comissão encarregada do projecto de criação do Códigos Criminal e Comercial. Em Novembro parte com Palmela para uma missão a várias cortes europeias, mas a missão é dissolvida em Janeiro e Almeida Garrett vence abandonado em Inglaterra, indo para Paris onde se encontra com a mulher. Só com a ocupação de Lisboa em Julho de 1833, consegue apoio para o seu regresso, que acontece em Outubro. Em Novembro é nomeado secretário da comissão de reforma geral dos estudos. Em Fevereiro do ano seguinte é nomeado cônsul-geral e encarregado de negócios na Bélgica, onde chega em Junho, mas é de novo abandonado pelo governo. Regressa a Portugal em princípios de 1835, regressando ao seu posto em Maio. Estava em Paris, em tratamento, quando foi substituído sem aviso prévio na embaixada belga. Nomeado embaixador na Dinamarca, é demitido antes mesmo de abandonar a Bélgica.
    Estes sucessivos abandonos por parte dos governos cartistas, levam-no a envolver-se com o Setembrismo, dando assim origem à sua carreira parlamentar. Logo em 28 de Setembro de 1836 é incumbido de apresentar uma proposta para o teatro nacional, o que faz propondo a organização de uma Inspecção-Geral dos Teatros, a edificação do Teatro D. Maria II e a criação do Conservatório de Arte Dramática. Os anos de 1837 e 1838, são preenchidos nas discussões políticas que levarão à aprovação da Constituição de 1838, e na renovação do teatro nacional.
    Em 20 de Dezembro é nomeado cronista-mor do Reino, organizando logo no princípio de 1839 um curso de leituras públicas de História. No ano seguinte o curso versa a «história política, literária e científica de Portugal no século XVI».
    Em 15 de Julho de 1841 ataca violentamente o ministro António José d'Ávila, num discurso a propósito da Lei da Décima, o que implica a sua passagem para a oposição, e o leva à demissão de todos os seus cargos públicos. Em 1842, opõem-se à restauração da Carta proclamada no Porto por Costa Cabral. Eleito deputado nas eleições para a nova Câmara dos Deputados cartista, recusa qualquer nomeação para as comissões parlamentares, como toda a esquerda parlamentar. No ano seguinte ataca violentamente o governo cabralista, que compara ao absolutista.
    É neste ano de 1843 que começou a publicar, na Revista Universal Lisbonense, as Viagens na Minha Terra, descrevendo a viagem ao vale de Santarém começada em 17 de Julho. Anteriormente, em 6 de Maio, tinha lido no Conservatório Nacional uma memória em que apresentou a peça de teatro Frei Luís de Sousa, fazendo a primeira leitura do drama.
    Continuando a sua oposição ao Cabralismo, participa na Associação Eleitoral, dirigida por Sá da Bandeira, assim como nas eleições de 1845, onde foi um dos 15 membros da minoria da oposição na nova Câmara. Em 17 de Janeiro de 1846, proferiu um discurso em que considerava a minoria como representante da «grande nação dos oprimidos», pedido em 7 de Maio a demissão do governo, e em Junho a convocação de novas Cortes.
    Com o despoletar da revolução da Maria da Fonte, e da Guerra Civil da Patuleia, Almeida Garrett que apoia o movimento, tem que passar a andar escondido, reaparecendo em Junho, com a assinatura da Convenção do Gramido.
    Com a vitória cartista e o regresso de Costa Cabral ao governo, Almeida Garrett é afastado da vida política, até 1852. Em 1849, passa uma breve temporada em casa de Alexandre Herculano, na Ajuda. Em 1850, subscreve com mais de 50 outras personalidades um Protesto contra a Proposta sobre a Liberdade de Imprensa, mais conhecida por «lei das rolhas». Costa Cabral nomeia-o, em Dezembro,  para a comissão do monumento a D. Pedro IV
    Com o fim do Cabralismo e o começo da Regeneração,  em 1851, Almeida Garrett é consagrado oficialmente. É nomeado sucessivamente para a redacção das instruções ao projecto da lei eleitoral, como plenipotenciário nas negociações com a Santa Sé, para a comissão de reforma da Academia das Ciências, vogal na comissão das bases da lei eleitoral, e na comissão de reorganização dos serviços públicos, para além de vogal do Conselho Ultramarino, e de estar encarregado da redacção do que irá ser o  Acto  Adicional à Carta. Em 25 de Junho é agraciado com o título de Visconde, em duas vidas.
    Em 1852 é eleito novamente deputado, e de 4 a 17 de Agosto será ministro dos Negócios Estrangeiros. A sua última intervenção no Parlamento será  em Março de 1854 em ataca o governo na pessoa de Rodrigo de Fonseca Magalhães.
    Morre devido a um cancro de origem hepática, tendo sido sepultado no Cemitério dos Prazeres.

    quinta-feira, 24 de março de 2011

    Visita de Estudo

    No dia 15 de março fomos ao parque biologico de Gaia. deixo aqui umas coisas que vimos no parque.
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    a gata borralheira

    Na ultima quarta feira pelas 10h e 20 min representamos a peça a Gata Borralheira... deixo aqui a historia.
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    Há muito tempo, numa cidade longínqua, vivia um casal que só tinha uma filha, mas muito bonita e muito boa. A madrasta má com as filhasNum inverno rigoroso a mãe morreu e, desde aquele dia, a vida da menina tornou-se muito triste; além disso, estava quase sempre sozinha, pois o pai era um comerciante rico muitas vezes ausente em viagem por países distantes.
    - Sei que estás muito desolada e triste, mas não te preocupes, porque em breve vais ter quem te console e acompanhe - disse-lhe um dia o pai.
    Com efeito o comerciante casou de novo, mas agora com uma viúva muito antipática que já tinha duas filhas muito feias e com um coração tão mau como o da mãe.
    Aquela mulher sentiu logo uma grande inveja, porque as suas meninas não eram nem tão bonitas nem tão boas e prendadas como a enteada, e por isso as três costumavam maltratá-la, aproveitando o facto de o pai estar ausente.A gata borralheira
    - Porque é que tens tanta cinza no vestido? Estás tão suja! Vamos chamar-te Gata Borralheira, que é um nome que te assenta muito bem! - disseram-lhe uma tarde as três, rindo-se muito.
    Um dia o pregoeiro do Rei anunciou que o Príncipe completara dezoito anos e que o Monarca, para o celebrar, convidava para um baile no Palácio todas as filhas solteiras das famílias nobres e ricas. A madrasta chamou a Gata Borralheira e disse-lhe:
    - Vais engomar os vestidos das minhas filhas e limpar-lhes os sapatos, mas tu não vais a esse baile!
    Quando a madrasta e as filhas saíram para o Palácio, a Gata Borralheira escondeu-se num canto e começou a chorar amargamente. A fada madrinhaEra ela que tinha de fazer todos os trabalhos da casa e obrigavam-na a dormir junto da lareira.
    De repente uma luz azul encheu a cozinha e a Gata Borralheira viu uma mulher lindíssima e resplandecente.
    - Eu sou a tua Fada Madrinha e venho consolar-te, porque tens continuado a ser boa apesar dos sofrimentos. Pede-me o que quiseres, que eu concedo-to.
    A Gata Borralheira pensava que estava a sonhar. A Fada, que sabia tudo, disse:
    - Gostavas de ir ao baile do Palácio? - Sim, sim...isso é o que eu mais desejo neste mundo! -respondeu a jovem.
    Então a Madrinha mandou-a trazer do jardim uma grande cabaça, seis ratos, uma rata e seis lagartixas, que se deixaram apanhar porque era a Fada que mandava. A cabaça, os ratos, a rata e as lagartixasDepois transformou tudo com a sua varinha mágica: a cabaça converteu-se na carruagem mais luxuosa jamais vista; os ratos, em seis cavalos brancos; a rata, num cocheiro todo empertigado e as lagartixas em seis criados com uniformes muito vistosos. A Fada tocou depois com a varinha no vestido sujo da Gata Borralheira e ela ficou adornada com o vestido comprido mais maravilhoso que uma costureira poderia alguma vez imaginar. Por último a varinha pousou nas suas pobres sandálias, que se tornaram em dois sapatinhos de cristal de rara beleza.
    - Á meia-noite em ponto terminará o feitiço e tudo será como antes -disse-lhe a Fada ao despedir-se dela. O rei
    Quando a Gata Borralheira entrou no salão de baile todos a admiraram pensando que era uma Princesa, e o Príncipe, apaixonado, convidou-a para dançar. Ao vê-los juntos o rei comentou:
    -Nunca vi uma jovem tão elegante e tão bonita. Espero que o meu filho se dê conta disso.
    O Príncipe não deixou de dançar com ela um só momento. Mas as horas felizes passam muito depressa e as badaladas do relógio do Palácio despertaram a Gata Borralheira daquele sonho maravilhoso: estava a bater a meia-noite! Deixou o Príncipe e correu pelos jardins, tão depressa que perdeu um sapato na escadaria. Quando soou a última badalada o feitiço desapareceu. O Príncipe correu atrás dela, mas só viu uma jovem pobremente vestida a afastar-se. Foi então que encontrou o sapato e guardou-o perto do coração.
    -A dona deste sapato de cristal é também a dona do meu coração! -disse o Príncipe ao pai.
    - Quero que procurem essa jovem por todo o reino! -ordenou o Rei. Os emissários reais
    Os emissários reais foram experimentando o sapato a todas as donzelas. E, quando chegou a vez delas, as meias-irmâs da Gata Borralheira fizeram esforços enormes para poderem meter nele os seus grandes pés, mas tudo foi inútil.
    - Agora gostava eu de o experimentar! -pediu a Gata Borralheira.
    - Tu não vais experimentar NADA! -gritou-lhe a madastra com desprezo.O pé entrou perfeitamente
    - Claro que o vai experimentar, minha senhora -exclamou o emissário real. - O Rei ordenou que todas o experimentassem, e todas significa todas.
    O pé da Gata Borralheira entrou perfeitamente no sapato de cristal, que parecia feito à sua medida, e a madastra e as filhas choraram de desespero.

    Pouco tempo depois a Gata Borralheira e o Príncipe casaram. Nunca houve um casamento tão magnífico! E os apaixonados viveram felizes, durante muitos e muitos anos.

    quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

    No dia 17 de fevereiro fomos visitar a Nau quinhentista situada em Vila do Conde. Nos nao visitamos a Nau devido as condiçoes meteorologicas nao conseguimos visitar a Nau mas deixo aqui algumas coisas que nós aprendemos:

    Em pleno século XV, o apogeu do comércio marítimo provoca um crescente movimento nos portos do reino, ao qual o porto de Vila do Conde não é excepção. Assim, neste contexto D. João II, por carta de 27 de Fevereiro de 1487, cria a Alfândega Régia de Vila do Conde.

    O edifício da Alfândega Régia – Museu da Construção Naval fica situado na rua Cais da Alfândega, no coração da zona ribeirinha de Vila do Conde, onde, outrora, laboraram os estaleiros navais vilacondenses. Datado do final do século XV, o edifício sofreu, ao longo do século XVIII, sucessivas ampliações de modo a colmatar as necessidades ditadas pelo intenso tráfego comercial que então se fazia sentir.

    A exposição permanente patente ao público, assume três vertentes que traduzem a função do Museu: a Navegação Portuguesa, nomeadamente aquela que tem origem e destino em Vila do Conde, a história da Alfândega Régia, seu funcionamento, oficiais e produtos desalfandegados, e, simultaneamente, a história da Construção Naval, tipos de barcos construídos em Vila do Conde, e respectivas técnicas e processos construtivos utilizados na Construção Naval de Madeira.


    • Réplica da nau quinhentista

    No projecto de recuperação da Alfândega Régia e do Museu dedicado à tradição da Construção Naval em Vila do Conde, é um precioso complemento a construção da réplica de uma Nau. Para além de um importante elemento de atracção turística e lúdica, tem uma função pedagógica, pois, construída com o maior respeito pelas investigações científicas da responsabilidade do Almirante Rogério de Oliveira, incorpora o saber ancestral dos carpinteiros e calafates dos estaleiros vilacondenses.

    No projecto de recuperação da Alfândega Régia e do Museu dedicado à tradição da Construção Naval em Vila do Conde, é um precioso complemento a construção da réplica de uma Nau. Para além de um importante elemento de atracção turística e lúdica, tem uma função pedagógica, pois, construída com o maior respeito pelas investigações científicas da responsabilidade do Almirante Rogério de Oliveira, incorpora o saber ancestral dos carpinteiros e calafates dos estaleiros vilacondenses.

    A nau portuguesa do século XVI era um navio redondo, de alto bordo, com uma relação de 3:1 entre o comprimento e a largura máxima, três ou quatro cobertas, castelos de popa e de proa, com três e dois pavimentos, respectivamente, cuja arquitectura se integra perfeitamente no casco; arvorava três mastros, o grande e o traquete com pano redondo, e o da mezena com pano latino.

    A nau, assim concebida, satisfazia uma maior necessidade de capacidade de carga do que a conhecida até então nas navegações portuguesas. As viagens para a Índia eram tão longas, que forçavam os navios ao transporte de grande quantidade de alimentos sólidos e líquidos para o sustento da tripulação, tanto mais que a rota impunha longos períodos de navegação sem se ver a costa ou quaisquer pontos de apoio. Acrescia o factor comercial: o comércio das especiarias implicava o transporte de uma carga valiosa, mas volumosa, que requeria espaços adequados para o seu acondicionamento. A tudo respondia a nau, com o seu casco bojudo, e ampla capacidade de acomodação.

    A fim de mostrar a complexidade da organização das viagens, a Nau apresentará os camarotes do piloto e do cartógrafo, material cartográfico, instrumentos e técnicas de navegação, cozinha e despensa, procurando elucidar sobre a complexidade e as vicissitudes da vida a bordo.
    • Casa do Barco

    Num espaço de arquitectura contemporânea, no local dos antigos estaleiros de construção naval de madeira, pode assistir-se ao encontro da tradição e da modernidade.

    Marcando a importância das pescas e de outras actividades de vocação marítima, encontramos uma réplica de uma embarcação de pesca tradicional - o gasoleiro - mote central da exposição, onde, para além de podermos contactar com as tradições inerentes às comunidades marítimas, aprestos e alfaias do quotidiano, observamos, simultaneamente, diversos modelos de embarcações, com destaque para um importante acervo fotográfico, documentando as diferentes actividades económicas relacionadas com o mar.

    Porém, à imagem do glorioso passado marítimo de Vila do Conde, surgem, presentemente, embarcações construídas segundo a mais recente tecnologia de pont, amplamente utilizada nos diferentes desportos aquáticos de alta competição, produto da já famosa empresa Vilacondense, de renome internacional – Nelo.

    Passado, presente e futuro, aqui associados e assinalando a indelével gesta do povo vilacondense, certamente que poderão levar esta terra ao achamento de novo rumo à sua sempiterna glória.